sexta-feira, 29 de junho de 2012

LIÇÕES DE VINGANÇA – PORQUE SE VINGAR TAMBÉM É EVOLUIR

1 – Nunca deixe a vítima saber que foi você!
Exceção 1: quando a necessidade do seu prazer pessoal em ver a cara da vítima na hora H for maior que o seu anseio por segurança.
Exceção 2: quando você tem o desgraçado em suas mãos e o ameaça em caso de ele querer ir à forra
2 – Nunca aja movido pela emoção…
Sempre fode tudo… a gente fica empolgado e acaba esquecendo detalhes comprometedores. Detalhes que irão fuder com a gente depois…
3 – Vingança é como empréstimo de dinheiro… deve ser devolvido com juros e correção vingativa
Se você for do tipo: toma lá da cá… que seja na mesma moeda.
Se você remoe o que foi feito contra você prepare algo muito pior à medida que o tempo aumenta.
4 – Testemunha nenhuma presta…
Não seja meio abestado… muito menos um abestado completo… vingança é como masturbação, um prazer solitário… você não sai por aí dizendo que bateu uma punheta… então não saia dizendo que se vingou de fulano… isso é o mesmo que pedir retorno.
Detalhe: assim como a masturbação você pode fazer com outra pessoa… a regra ainda vale… quem ganhou uma punhetinha da namorada não sai contando pros amigos… então quem tramou vingança em grupo deve ter consciência que os comentários deverão ser feitos somente dentro do grupo.
5 – Mate dois coelhos com uma caixa d’água só!
Sim… eu escrevi errado propositalmente… faça de um jeito que a culpa caia em outra pessoa, e se alguém suspeitar de você seja “retardado”… o mundo é dos João Sem-Braço… olha o Lula aí no governo.
6 – Todo mundo sabe que dinheiro é bom… por isso todo mundo quer dinheiro.
Existe um ou outro que faz voto de pobreza. Vingança é dinheiro… todo mundo sabe que se vingar é bom… por isso todo mundo sente prazer quando a mazela recebida é retornada ao mal-feitor… mesmo que por outrem. Um ou outro se diz santo e quer alcançar a iluminação. Então tome cuidado com o que você faz aos outros… esteja preparado para ser sacaneado após sacanear alguém.
7 – Quando fazemos compras vemos até que limite podemos gastar
Sempre vemos até onde podemos gastar em algo que nos dê o prazer de simplesmente comprar. É um investimento no prazer… avaliamos se vale a pena ou não. Se vingar é a mesma coisa. Se pra você se vingar você precisa gastar um horror de dinheiro, ou de tempo útil que você poderia estar usando pra GANHAR dinheiro, a primeira coisa que você faz é avaliar se vale a pena ou não. Quem decide é o prazer final que você “saboreia” com o ato efetivado.
8 – Ao se vingar de alguém avalie as mentiras necessárias para que tudo dê certo e você não seja delatado.
Se pra se vingar de alguém for necessário expor a sua figura, avalie se será possível realizar um rastreamento até a sua pessoa. Se for o caso bole as mentiras necessárias para se defender… em caso de possibilidade de delação por parte de alguém, tenha em mente uma forma de culpá-lo pelo crime.
9 – Vingança em grupo: EVITE AO MÁXIMO
Nestes casos sempre acontece o que a justiça brasileira chama de “delação premiada”. Algum imbecil pode não cuidar do próprio rabo e ser pego. Nesse caso a primeira coisa a ser feita e salvar a pele entregando os comparsas… não confie em ninguém… caso seja inevitável, JAMAIS seja a líder do grupo. Em geral é ele quem se ferra de verdade…
10 – Vingança em grupo não pode ter conseqüências catastróficas
Se vocês decidiram sacanear alguém e existe a possibilidade de dar merda… mas MERDA GRANDE MESMO (morte, ferimento, divórcio, prejuízos absurdos, ou algo do gênero…) não participe. Se esse é realmente o seu objetivo, faça tudo sozinho e com atenção redobrada. Alguns seres humanos sofrem de um mal chamado remorso (também conhecido como “peso na consciência). O elo fraco do grupo sempre fode com todo mundo.



As ESPOSINHAS.........

Sentadas no sofá, sorrindo amarelo. Na rodinha em frente, os maridos, porque eles precisam disso, falam atrocidades. Deixa, vai. Deixa. Afinal, ele é uma besta na jaula. Finalmente. Na jaula. As esposinhas. Um deles pediu: promete estar sempre bem cuidada e maquiada e linda e cheirosa? Então ela está.



Uma até queria ir lá na rodinha, tem uma piada melhor pra cu ou peido. Mas ela é esposinha. Imagina que cena? Pode não. Cada uma levou um prato. A que não sabe cozinhar se gaba da empregada. Porque ela não sabe cozinhar mas sabe ensinar. Elas são engenheiras, advogadas, médicas e, as mais ousadas, atendimentos de agência. Elas não vêem a hora de não ser mais nada disso. De se dedicar a pesquisar o preço do piso. Ah, as esposinhas. Ele comeu meia cidade e não casou com a mais bonita ou a mais gostosa ou a mais inteligente. Ele casou com a melhor esposinha. O outro, doido de tudo, tinha muito medo. Adivinha do quê? De mulher doida. Porque homem pode tudo. Te ligar bêbado, insistir pra comer seu rabo quando nem beijo na boca você liberou, surtar na porta do restaurante porque o carro atrasou um minuto, falar de amor no segundo encontro. Agora tente, tente, ter um segundo sequer de desequilíbrio hormonal.


Espere, esposinha. Não ligue. Não queira. Não pergunte. Mulher não manda no ritmo de nada. E elas, como mortas vivas, como passivas que pagam alguma penitência para pertencer ao mundo das mulheres que conseguem casar, sorriem amarelo. Desde que o dinheiro continue entrando. Desde que no elevador as pessoas saibam que ela merece respeito, afinal, tem um macho dentro daquela casa. A esposinha não vê que ele flerta de leve, apenas pra alisar o ego do seu pau meia bomba, com todas as outras esposinhas. O outro importou do interior. Tão fofa. Tão, tão. Ce acredita que até barra de calça ela sabe fazer?


Elas te olham instigando. É inveja minha o que você tem, não é? Porque eu tenho marido, certo? Porque domingo, enquanto o Faustão berra, enquanto ele dorme roncando, eu bordo almofadas. É inveja, não é? O que é? Porque você me olha? Sentadas retinhas. Ah, a mais ousada, cochicha: ele não sabe que eu tinha um casinho com um cara do trabalho antes de conhecer ele e tal. Puxa! Que ousada!


As esposinhas e os jantares para os casais de amigos e as viagens com os casais de amigos. A sociedade que se junta como num suicídio em massa: os casais de amigos! As esposinhas e tudo que engolem e tudo que sufocam e tudo que não suportam. As esposinhas e o segundo antes de dormir, no espelho, tirando a maquiagem, o silêncio, sorriem amarelo: aquelas putas, aquelas, que eles não tiram da cabeça, podem até..podem até...mas quem casou fui eu!

Tati Bernardi

"Não digas tudo quanto sabes, não faças tudo quanto podes, não creias em tudo quanto ouves, não gastes tudo quanto tens. Porque quem diz tudo quanto sabe, faz tudo quanto pode, crê em tudo quanto ouve e gasta tudo quanto têm, muitas vezes diz o que não convém, faz o que não deve, julga o que não vê e gasta o que não pode."

 


 

Provérbio Árabe


 



DES COM PLI QUE...

Se eu tivesse que escolher uma palavra
- apenas uma -
para ser ítem obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,
essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:
descomplicar.
Depois de infinitas (e imensas) conquistas,
acho que está passando da hora de aprendermos
a viver com mais leveza:
exigir menos dos outros e de nós próprias,
cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa,
olhar menos para o espelho.


Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão
falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.
Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial
da mulher moderna.
Amizade, por exemplo.
Acostumadas a concentrar nossos
sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas,
acabamos deixando as amigas em segundo plano.


E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher
quanto a convivência com as amigas.
Ir ao cinema com elas
(que gostam dos mesmos filmes que a gente),
sair sem ter hora para voltar,
compartilhar uma caipivodca de morango
e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes
- isso, sim, faz bem para a pele.


Para a alma, então, nem se fala.
Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez
(desligue o celular, se for preciso)
e desfrute os prazeres que só uma
boa amizade consegue proporcionar.


E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário
duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:
pausa e silêncio.


Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,
três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia
- não importa - a ficar em silêncio.


Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,
contar até 100 antes de uma decisão importante,
entender melhor os próprios sentimentos,
reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.


Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.
Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão
de uma mulher mal-humorada.
Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas
do nosso dia a dia.


Se for preciso, pegue uma comédia na locadora,
preste atenção na conversa de duas crianças,
marque um encontro com aquela amiga engraçada
- faça qualquer coisa, mas ria.
O riso nos salva de nós mesmas,
cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.


Quanto à palavra dieta, cuidado:
mulheres que falam em regime o tempo
todo costumam ser péssimas companhias.


Deixe para discutir carboidratos
e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.
Nas mesas de restaurantes, nem pensar.
Se for para ficar contando calorias,
descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa
do companheiro de mesa com reprovação e inveja,
melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface
e seu chá verde sozinha.


Uma sugestão?
Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,
essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:
gentileza.


Ter classe não é usar roupas de grife:
é ser delicada.
Saber se comportar
é infinitamente mais importante do que saber se vestir.


Resgate aquele velho exercício que anda esquecido:
aprenda a se colocar no lugar do outro,
e trate-o como você gostaria de ser tratada,
seja no trânsito, na fila do banco, na academia.


E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser
indissociáveis da vida:
sonhar e recomeçar.


Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia,
o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?)
ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere...
sonhar é quase fazer acontecer.
Sonhe até que aconteça.


E recomece, sempre que for preciso:
seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.
A vida nos dá um espaço de manobra:
use-o para reinventar a si mesma.


E, por último
(agora, sim, encerrando),
risque do seu Aurélio a palavra perfeição.
O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,
inseguranças, limites.


Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,
a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo,
a esposa nota mil.


Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,
bumbum que encara qualquer biquíni.
Mulheres reais são mulheres imperfeitas.
E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.


Viver não é
(e nunca foi)
fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem
(e a busca da perfeição pesa toneladas),
a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.




Leila Ferreira







Simples assim....