quinta-feira, 23 de setembro de 2010

TRAIÇÃO.....


Existem dois tipos de traição: A que você comete contra alguém e a que você comete contra si mesmo.
Risa Kings
A dor de uma traição é sempre difícil de ser superada. Aquele aperto no peito insuportável parece que nunca vai passar. Inúmeras são as pessoas que já passaram pela experiência de serem traídas. Embora existam diversos tipos de traição – entre amigos, na família ou no amor –, a da pessoa amada, segundo relatos, é a mais difícil de ser superada.Independe se forem casados, noivos ou simples namorados, a dor da traição nunca será superada por completo. Existira sempre uma pontinha de duvida quanto à conduta do parceiro. Tudo parecerá reincidência.Porém existem casos que o Amor é tão superior a esse fato que a pessoa traída tenta se colocar no lugar do traidor, querendo encontrar desculpas para o fato. Até se culpa pela sua própria negligência que deu origem ao ato.Existe uma velha Sabedoria que diz: O Amor supera tudo, perdoa tudo e até compreende o incompreensível, contrariando a lógica e a normalidade.A palavra traição quase sempre causa mal estar. Quem gosta de ser traído? A sexta-feira santa nos arremete para a traição de Judas.Embora haja muitos tipos de traição, amigos, parentes, colegas, em todos os casos sempre causam muito sofrimento aos envolvidos, em especial, à pessoa traída. Muitas considerações podem ser feitas sobre as várias formas de traição e suas motivações.Muita gente diz que traição é a satisfação de um desejo fútil e súbito de alimentar o ego. O ser humano adora conquistar, mesmo estando bem na relação. Olhar, paquerar é gostoso, faz bem e massageia o ego. Depois vira a página, sem problemas, sem culpa.Manter um relacionamento, nos dias de hoje, em que as pessoas estão cada vez mais voltadas para si e esquecem o verdadeiro significado da palavra casal, não é para qualquer um. Sinceridade, amizade, carinho, diálogo e atenção são algumas formas de manter a chama acesa. Poderá não ser imortal, mas que seja, pelo menos, infinito enquanto dure.
E como afirma Marlene Heuser,Existe uma utopia, um ideal dos casais em relação a esse assunto, que só entendem o lado sexual. Mas, fidelidade é muito mais do que isso. Ela está na sinceridade do contato, do compromisso diante da vida, na preocupação diária com o parceiro. Quando optamos por uma relação séria e duradoura, a amizade deve estar sempre presente. Namorar significa construir uma relação. Quando alguém tem necessidade de sair com outra pessoa é porque algo não vai bem no relacionamento. O problema está na construção dos relacionamentos, onde não se fala tudo, não se é verdadeiro no sentido mais amplo da palavra. As pessoas se acomodam com as coisas práticas da vida, a casa, as contas, a rotina... Quebrar tudo dá trabalho e trair é mais fácil. A honestidade é essencial e está acima da fidelidade, que é uma conseqüência.Como afirma Aida Veiga,Traição é o último dos tabus a ser derrubado pela sociedade. Até meados do século passado, não se falava abertamente sobre o assunto. Em todas as religiões a infidelidade é considerada pecado. Em alguns países muçulmanos, a mulher pode ser apedrejada até a morte se trair o marido. Na monarquia inglesa, leis antigas e ainda não revogadas dizem que a mulher infiel também pode, por lei, ser executada se estiver na linha de sucessão ao trono. Apesar de ter tido amantes em resposta às aventuras do príncipe Charles, a princesa Diana, em tese, foi uma candidata a tal punição. 'A monogamia é tão valorizada que se criaram teses biológicas para justificá-la', afirma o professor Ailton Amélio da Silva. Muitos cientistas argumentam que a monogamia tem um fundo biológico porque alguns animais, como a arara-azul e o pombo, são monogâmicos. Por meio de testes de DNA, no entanto, descobriu-se recentemente que o pai de um terço dos filhotes desses animais é o vizinho. 'Nossa cultura prega a fidelidade porque, dentro da evolução humana, acredita-se que os filhos têm mais chances de sobreviver se forem cuidados por duas pessoas', diz a psicóloga Maria Helena Gherpelli, do Instituto Kaplan de Sexualidade.São muito abundantes às referências à traição presente na amizade. Há muitas afirmações denunciando os falsos amigos:Sustento como um fato que se todos os homens soubessem o que os outros dizem deles, não haveria mais do que quatro amigos no mundo. PascalMas será que a amizade é assim tão traiçoeira e a realidade tão negativa quanto a retratada por Pascal?As traições e os falsos amigos existem, obviamente. Não é isso que está em causa. Mas temos que reconhecer igualmente que há muitas razões que podem acabar ou diminuir uma amizade, sem que nisso haja propriamente traição. Nem sempre as palavras de S. Jerónimo a propósito do fim da amizade - «A amizade que pode cessar nunca foi substancial» – são verdadeirasMudamos. As nossas ideias, os nossos gostos, os nossos interesses mudam. E isso pode também levar a que hajam amizades que se percam. As palavras de Pascal, sobre o amor, e o seu fim, também se podem aplicar à amizade:Ele não ama mais a pessoa que amou há dez anos atrás. Acredito piamente nisso. Ela não é a mesma, e tão pouco ele o é. Ele era jovem, e ela também. (…) Talvez ele ainda a pudesse amar, se ela fosse como antes.Por outro lado, há também a incompatibilidade entre os nossos espaços familiares e a amizade. Quando os primeiros crescem, a amizade, ou certas amizades, podem ser profundamente atingidas. É, no fim de contas, o que diz Aristóteles a propósito da amizade e da multiplicação da mesma:Aquele que é amigo de toda a gente, não é amigo de ninguém.É uma fatalidade. Não podemos multiplicar as nossas amizades. Nem podemos multiplicar os nossos amores. O tempo de que dispomos é escasso para alimentar muitas amizades e amores. O que dedicamos a uns, falta aos outros, inviabiliza-os.É frequente na vida adulta: o número de amigos e as amizades crescem quando o amor à escala da família falha ou está em crise, ou vice-versa. Ou seja: não são as nossas fraquezas ou o nosso lado mau e obscuro a liquidar as nossas amizades. É a Vida, é a família.Como afirma Henrique Morgante,Essa palavra possui uma tão pesada carga de dor e sofrimento que, para muitos, a simples menção da mesma já evoca toda uma legião de traumas – como de se aproximar e cofiar em outros novamente, de ódios – tanto pela pessoa que traiu como por si mesmo, às vezes, quando a pessoa se sente de alguma forma culpada pelo evento também – e medos, especialmente o de ser novamente traído e uma desconfiança quase paranóica de todos.Claro que isso é do ponto de vista dos traídos. Olhando pelo paradigma dos traidores, podemos ver outra configuração de sentimentos ligados à palavra: para os que ocultam sua traição – por decisão consciente ou falta de coragem para confessar – há o medo de serem descobertos e a traição ser revelada, e ai as conseqüências virem ainda piores, pois o ato de ocultar maximizou ainda mais os efeitos da traição em si. E esses que ocultam suportam, muitas vezes também, uma sensação de culpa, de estarem em divida e a consciência pesada, e alguns tentam até mesmo compensar regularmente seu pecado oculto fazendo inúmeras concessões – que normalmente não faria – à pessoa traída.E infelizmente, ainda há o outro lado, o pior. É o caso dos traidores que se orgulham disso, praticamente. Sentem euforia enquanto traem e posteriormente também, quando relembram. Orgulham-se de como sabem disfarçar, iludir bem (às vezes iludindo ambos os lados), e fato de terem sido capazes de conquistar várias pessoas, encaram isso como uma massagem gigantesca no ego.
Nunca devemos trair, nem para testar o nosso Ego ou capacidade de sedução. Pois perder a confiança do Amor da sua vida, é perder a capacidade de ser uma pessoa respeitável e admirada. É como se o ídolo de cristal se quebrasse e apenas sobrar um “querer” superável da parte afetada.Quando consegue perdão ou compreensão, o futuro trará normalmente o desgaste do relacionamento e dará oportunidade para novas emoções.Quando se fala a verdade, se usa de franqueza ou de sinceridade, quanto a traição, fica um pouco mais ameno tipo “meã culpa”, mas não fará com que a dor seja menor, mais facilmente suportada ou digerida, pois sabemos muito bem que: “dor será sempre dor”!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A paixão é a maquiagem dos defeitos da alma.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Certas coisas eu não entendo...
Seres humanos complicam tudo.
De tanto ler mentiras descobriu
que a única verdade escrita era a dela mesma.
Apagou tudo.
Foi reescrever sua vida.



Quem já passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu...
(Vinícius de Moraes)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Que o Deus que brinca em mim convide para brincar o Deus que mora nas pessoas. Que eu tenha delicadeza para acolher aqueles que entrarem na roda e sabedoria para abençoar aqueles que dela se retirarem.

Ana Jacomo



Por que tem que ser assim????

Mario Quintana....

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar:um estribilho antigo, um carinho no momento preciso,o folhear de um livro de poemas,o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."



kkkkkk....

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lindo e verdadeiro...


SE EU SOUBESSE...

Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você...
eu lhe daria um abraço mais forte.

Se eu soubesse que seria a última vez a ver você...
eu lhe daria um beijo e o chamaria
para dar mais um.

Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir
a sua voz....
eu gravaria cada movimento e cada palavra,
para revê-los depois todos os dias.

Se eu soubesse que seria a última vez que eu poderia parar
mais um ou dois minutos para dizer-lhe: "gosto de você"...
eu diria, ao invés de deixar que você presumisse.

Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você... o sentiria muito mais intensamente em vez
de deixá-lo simplesmente passar.

Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido...
para ter uma segunda chance de acertar.
Será que haverá uma chance para dizer:
"posso fazer alguma coisa por você"?

O amanhã não é garantido para ninguém,
seja para jovens, ou mais velhos,
e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos.

Então, se estamos esperando pelo amanhã,
por que não agirmos hoje?

Assim, se o amanhã nunca chegar,
não teremos arrependimentos de não
termos aproveitado um momento
para um sorriso, para um abraço, para um beijo,
uma gentileza,
porque estávamos muito ocupados
para dar a alguém o que poderia ser o seu
último desejo.

Abracemos hoje aqueles que amamos,
sussurremos em seus ouvidos,
dizendo-lhes o quanto nos são caros e que sempre os amamos.

Encontremos tempo para dizer:

DESCULPE-ME

OBRIGADO

PERDOE-ME


Sempre há tempo para amarmos e se
não houver amanhã,também não
haverá remorsos de hoje para carregarmos.

Pense nisso AGORA...

(desconheço o autor)

Só Por Hoje....

SÓ POR HOJE...
Posso suportar essa lágrima que rola por meu rosto,
pois amanhã poderá ser o dia de enxugá-la.
Só por hoje, eu posso estar distante de quem
desejaria encontrar, com meu pensamento
mandando-lhe o melhor de mim.
Só por hoje, eu posso dar um crédito a Deus,
nesta situação que está me afligindo,
para Ele agir e transformar.
Só por hoje, eu posso esquecer o mal que
o outro me fez, porque hoje não é o dia de
revanche, é dia de paz.
Só por hoje, eu posso ajudar quem bate à minha
porta, pois uma moeda e uma palavra, só hoje,
não vão me faltar mais tarde.
Só por hoje, eu posso visitar aquela parenta difícil,
e fazer um exercício de amá-la do jeito que é.
Olha...
Só por hoje, eu posso dar uma volta na pracinha,
jogar migalhas de pão pros passarinhos e olhar
o pôr do sol, sem que este tempo comprometa
meus negócios e o meu desempenho profissional.
Isto nada vai me custar.
Só por hoje, eu posso rir de uma piada sem graça,
que ninguém vai me por na conta dos tolos.
Só por hoje, eu posso me vestir de pureza
e transmitir simplicidade, sem que ninguém
me acredite um ingênuo.
Só por hoje, eu posso dizer uma prece aos pés da
cama de meu filho, enquanto ele dorme.
Só por hoje, eu posso me olhar no espelho sem
me criticar, porém, com bondade nos olhos.
Só por hoje, eu posso experimentar a alegria,
brincar com meu vizinho, fazer um favor a um amigo,
escrever uma carta carinhosa, dizer a
quem amo o quanto amo...
Só por hoje, eu posso preparar o prato predileto de
meu marido, ajudar meu filho a pôr cadarços nos
tênis, atender ao telefone em hora inadequada e
limpar o chocolate no tapete... sem reclamar.
É só por hoje!...
Só por hoje, eu posso deixar de pensar tanto
em ganhar dinheiro, e receber da vida
um outro presente, pra variar.
Só por hoje, eu posso tentar uma vida diferente
da que venho vivendo, e amanhã voltar a vida
anterior, se eu ainda desejar....
se eu ainda a suportar sem mudanças......
Rita Foelker

Para Pensar.....


PARA PENSAR
Naquele lugar entre a consciência e o sonho,
encontrei-me em um quarto.
Nele não havia nada de incomum, exceto por
uma parede coberta por um arquivo de fichas.
Era como um daqueles de biblioteca,
com várias gavetas que listam títulos por autor
ou assunto em ordem alfabética.
Porém estas gavetas, que se estendiam do
chão ao teto e aparentavam não ter fim para
nenhum dos lados, tinham cabeçalhos um
tanto diferentes.Ao me aproximar da parede,
o primeiro a chamar minha atenção era um
que dizia "Pessoas de quem gostei"
Eu abri a gaveta e comecei a folhear os cartões
. Fechei-a rapidamente, chocado em perceber
que reconhecia cada um dos nomes escritos ali.
Então, sem que ninguém me dissesse nada,
soube exatamente onde estava.
O quarto sem vida com suas pequenas gavetas
era um perturbador arquivo da minha vida.
Nele tinham sido escritos meus atos em cada
momento, grandes ou pequenos, em detalhes
inalcançáveis à minha memória.
Os títulos iam do banal ao bizarro.
"Livros que eu li", "Mentiras que eu contei",
"Consolos que eu dei",
"Piadas que me fizeram rir".
Alguns eram quase hilários em sua exatidão:
"Coisas que eu berrei para meus irmãos".
Outros não tinham tanta graça:
"Coisas que eu fiz nos momentos de ira",
"Murmurações que tive em secreto sobre
meus pais".
Eu não parava de me surpreender com o
que encontrava.
Quase sempre haviam muito mais fichas
do que eu esperava.
Algumas vezes menos do que gostaria.
Fiquei impressionado pelo enorme volume
de minha existência.
Seria possível eu ter tido tempo em meus
27 anos para escrever cada um dos milhares
ou talvez milhões de fichas?
Mas cada cartão confirmava esta verdade.
Todos estavam escritos com minha letra.
E todos tinham sido assinados por mim.
Quando puxei a gaveta
"Músicas que eu escutei",
concluí que as gavetas tinham o tamanho
exato dos seus conteúdos.
As fichas estavam colocadas bem justas,
mas mesmo depois de dois ou três metros
ainda não tinha conseguido encontrar o final.
Fechei de volta,envergonhado, nem tanto pela
qualidade da música, mas mais pela vasta
quantidade de tempo que eu sabia que
aquilo representava.
Quando vi a etiqueta que dizia
"Pensamentos luxuriosos",
senti um arrepio atravessar o meu corpo.
Abri a gaveta uns poucos centímetros
sem coragem de descobrir seu tamanho,
e puxei uma ficha.
Estremeci ao ler sua descrição detalhada.
Me causou náusea pensar que momentos
assim pudessem ter sido registrados.
Uma cólera quase selvagem se apoderou
de mim.
Só um pensamento dominava minha mente:
"Ninguém jamais pode ver estas fichas!
Ninguém deve encontrar este quarto!
Eu tenho que destruí-los!"
Num impulso insano arranquei a gaveta.
Seu tamanho já não importava.
Eu tinha que esvaziá-la e queimar os cartões.
Porém, mesmo segurando suas extremidades
e balançando com toda a minha força,
nenhum saiu de seu lugar.
Em desespero tirei um cartão, apenas
para descobrir que ele era forte como aço
quando tentei rasgá-lo.
Sentindo-me derrotado retornei a gaveta
ao seu lugar.
Encostei a testa na parede e deixei escapar
um longo, profundo, suspiro.
Então eu vi.O título era "Pessoas com quem
compartilhei o Evangelho".
O puxador brilhava mais do que os outros ao
seu redor, era mais novo, quase sem uso.
Puxei-o e uma pequena gaveta com uns quatro
dedos de comprimento saiu nas minhas mãos.
Dentro havia tão poucos cartões que
nem precisei contar.
Aí as lágrimas vieram. Caí em prantos.
Soluçava tão forte que sentia uma dor que
começava no estômago e se expandia pelo
corpo todo. Caí de joelhos e gritei.
Eu gemia de vergonha, da sufocante vergonha
de tudo aquilo. As fileiras de gavetas
confundiam-se em meus olhos lacrimejantes.
Ninguém poderia jamais saber deste quarto.
Eu precisava trancá-lo e esconder a chave.
Então, enquanto enxugava as lágrimas, eu
O vi. Não... Não... Ele. Não aqui.
Qualquer um, menos Jesus. Eu olhava,
indefeso, enquanto Ele abria os arquivos e
lia os cartões.
Eu não podia suportar ver sua reação.
Nos momentos em que consegui fitar Sua
face vi um pesar mais profundo que o meu.
Ele parecia ir intuitivamente para as gavetas
mais podres.
Porque Ele tinha que ler cada uma das fichas?
Finalmente Ele se virou e me encarou do outro
lado do quarto.
Ele me olhava com pena em Seus olhos.
Mas era uma pena que não me zangava.
Abaixei minha cabeça, cobri minha face
com as mãos e tornei a chorar.
Ele se aproximou e me abraçou.
Ele poderia ter dito tantas coisas.
Porém nenhuma palavra saiu de sua boca.
Ele apenas chorou comigo. Depois se
levantou e se dirigiu à parede de arquivos.
Começando de uma extremidade Ele puxou
uma gaveta, e, um a um, assinava Seu nome
sobre o meu nos cartões.
Eu gritei, correndo até Ele.
Tudo o que eu conseguia balbuciar era "Não,
não!" enquanto tirava a ficha de Suas mãos.
Seu nome não poderia estar nos cartões.
Mas lá estava, escrito com um vermelho
tão intenso, tão escuro,tão vivo.
O nome de Jesus cobria o meu.
Estava escrito com Seu sangue.
Ele delicadamente tomou de volta o cartão.
Ele sorriu, com tristeza,e continuou assinando.
Acho que jamais entenderei como Ele pôde
fazê-lo tão rápido, pois no momento seguinte
eu o vi fechando a última gaveta e tornando
à minha direção.
Colocou Sua mão no meu ombro e disse:
"Está consumado".
Logo Ele me levou para fora do quarto.
Não havia trancas na porta...
Ainda existiam cartões a serem escritos..."
Texto de Ricardo Barbosa

Se não quiser adoecer...(Drauzio Varela)

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

"O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

DERRUBANDO PAREDES,

CONSTRUINDO PONTES

Na vida, estamos sempre desempenhando algum

papel: o de chefe, pai, mestre, aprendiz, amante, anjo,

sábio, ídolo, ator, juiz, capataz, carrasco, herói...

E nos relacionando: em casa, no trabalho, no trânsito,

em família, com amigos, com credores,

fornecedores e amores...

Basicamente, em cada papel, cenário, e momento,

podemos estar derrubando paredes ou

construindo pontes.

Tomar consciência de como agimos é meio caminho

andado para nosso crescimento pessoal e profissional...

Levantar paredes é sinônimo de separatividade...

Construir pontes é sinônimo de união...

Levanto paredes sempre que humilho, desprezo

ou agrido, nego-me a ouvir, sou autoritário e

dono da verdade, zombo, grito, uso do meu poder

para submeter a vontade do outro, fecho-me ao

diálogo, faço tudo para aparecer e parecer maior

do que sou, negligencio minha saúde integral...

Construo pontes sempre que ouço, coloco-me
no lugar do outro, reconheço esforços, valorizo

a dedicação, respeito sentimentos, dou um sorriso,

me interesso de fato pela outra pessoa, percebo que

não sou o centro do universo, sou grato, tenho a

humildade de aprender, não tenho medo de me

revelar como sou...

Poderia escrever muitas laudas sobre levantar

paredes e construir pontes.

O importante é estabelecer dentro de si a eterna

vigilância sobre cada ato e momento, prestar atenção

sobre as próprias tendências.

Levantar paredes, afastando, atemorizando,
enganando, mistificando, agredindo, humilhando,

ignorando, submetendo, calando, zombando,

abandonando...

Ou construir pontes, aproximando, tranqüilizando,

ouvindo, cultivando a verdade, respeitando, ensinando,

aprendendo,reconhecendo, dialogando, amando,
protegendo...

Faça o gesto de apontar para alguém ou algo.

Olhe para sua mão.

Veja que enquanto um dedo aponta fora,

há três dedos voltados para si mesmo.

Isso deve ter algum significado não?

Enquanto estiver muito preocupado em parecer

superior, mais e mais paredes se levantarão em

torno de você, ainda que esteja sempre

no meio de multidões.

Os amigos verdadeiros, as pessoas que têm
algum afeto por você, se acostumarão com sua
ingratidão, com sua negligência, com seu
descaso, com suas traições, com seu desamor,
e cada dia sua ausência doerá menos...

Reconstruir pontes...

Restaurar ligações...

Resgatar a ternura...

Recuperar o amor próprio...

Reunir...religar...

acima de tudo...

Retomar o leme de seu próprio destino

(Autor desconhecido)



quinta-feira, 17 de junho de 2010

SOLIDÃO É FUNDAMENTAL...

Que me desculpem os desesperados, mas solidão é fundamental para viver.
Sem ela não me ouço, não ouso, não me fortaleço.
Sem ela me diluo, me disperso, me espelho nos outros, me esqueço.
Não penso solto, não mato dragões, não acalanto a criança apavorada em mim, não aquieto meus pavores, meu medo de ser só.
Sem ela sairei por aí, com olhos inquietos, caçando afeto, aceitando migalhas,
confundindo estar cercada por pessoas, com ter amigos.
Sem ela me manterei aturdida, ocupada, agendada só para driblar o tempo e não ter que me fazer companhia.
Sem ela trairei meus desejos, rirei sem achar graça, endossarei idéias tolas só para não ter que me recolher e
ouvir meus lamentos, meus sonhos adiados, meus dentes rangendo.
Sem ela, e não por causa dela, trocarei beijos tristes e acordarei vazia em leitos áridos.
Sem ela sairei de casa todos os dias e me afastarei de mim, me desconhecerei, me perderei.
Solidão é o lugar onde encontro a mim mesma, de onde observo um jardim secreto e por onde acesso o templo em mim.
Medo? Sim. Até entender que o monstro mora lá fora e o herói mora aqui dentro.
Encarar a solidão é coisa do herói em nós, transformá-la em quietude é coisa do sábio que podemos ser.
Num mundo superlotado, onde tudo é efêmero, voraz e veloz a solidão pode ser oásis e não deserto.
Num mundo tão estressado, imediatista, insatisfeito a solidão pode ser resgate e não desacerto.
Num mundo tão leviano, vulgar, que julga pelas aparências e endeusa espertalhões,
turbinados, bossais, a solidão pode ser proteção e não contágio.
Num mundo obcecado por juventude, sucesso, consumo a solidão pode ser liberdade e não fracasso.
Solidão é exercício, visitação.
É pausa, contemplação, observação.
É inspiração, conhecimento.
É pouso e também vôo.
É quando a gente inventa um tempo e um lugar para cuidar da alma, da memória, dos sonhos;
quando a gente se retira da multidão e se faz companhia.
Preciso estar em mim para estar com outros.
Ninguém quer ser solitário, solto, desgarrado.
Desde que o homem é homem, ou ainda macaco, buscamos não ficar sozinhos.
Agrupamo-nos, protegemo- nos, evoluímos porque éramos um bando, uma comunidade.
Somos sociáveis, gregários.
Queremos amigos, amores.
Queremos laços, trocas, contato.
Queremos encontros, comunhão, companhia.
Queremos abraços, toques, afeto.
Mas, ainda assim, ouso dizer: é preciso aprender a estar só para se gostar e ser feliz.
O desafio é poder recolher-se para sair expandido.
É fazer luz na alma para conhecer os seus contornos, clarear o caminho e esquecer o medo da própria sombra.
Ouse a solidão e fique em ótima companhia.

Hilda Lucas


SERÁ???????

Tentando Ser Feliz!!!!!

Que tal pensar nas coisas boas que a vida está te dando e deixar que cada um cuide do seu próprio inferno?

A VIDA É engraçada. Você tem 38 razões para estar feliz e umas três te atormentando. O que acontece? Você leva o dia inteiro pensando nas três e não lembra nem uma vez (e olha que o dia tem 24 horas) de nenhuma das outras 38.

Que as razões para estar feliz sejam as mais banais, não tem importância, pois bastava que uma delas estivesse dando errado para você estar arrancando os cabelos. Quer ver só?

Seus gatos estão com saúde? Que maravilha; mas, se não estivessem, você estaria péssima. Seu computador está em ordem? Nem por um instante pensa nisso, mas se a internet não estivesse funcionando, seria o caos. Alguma coisa te obriga a ligar para o 0800? Deus é grande, nada.

E assim vamos nós, com muitas razões para estar tranqüilas e sossegadas, mas com aquelas -aquelas- perturbando o tempo todo. O pior é que a maioria das pessoas é assim. Elas começam com a pergunta "posso te alugar por cinco minutos?" Claro, amigo é para essas coisas. Depois de contar uma história que não dura cinco minutos, mas pelo menos 25, ela diz "mas não quero pensar mais nisso, não vou esquentar minha cabeça, e pronto". Muito saudável, uma medida providencial -para os dois, aliás. Mas daí a 40 minutos o assunto volta, com direito a pedidos de conselhos e tudo.

Em grande parte das vezes o tal assunto é banal -para quem está ouvindo, claro. Mas para quem está passando pelo problema é mais importante do que a guerra do Iraque: o namorado que maltratou, a sogra que é uma megera, o ex que não pára de telefonar para atormentar bem o juízo.

Os dias se passam, os problemas continuam exatamente iguais, e a pessoa se martirizando por coisas que, no fim das contas, não são nem tão graves assim.

O namorado que maltrata pode estar querendo se mandar, e se for o caso, nada a fazer, a não ser esperar o tempo passar e esquecer; a sogra que te enlouquece vai ser assim a vida inteira, provavelmente porque nasceu assim, então tem que descontar em cima de alguém, e se o ex telefona o tempo todo é porque não arranjou uma namorada nova.

Moral da história? Se essas coisas acontecem, o problema não é seu, mas delas, e são elas que devem encontrar a solução.

A partir do momento que você realiza que está bem e compreende, como disse Sartre, que o inferno são os outros, que tal pensar nas coisas boas que a vida está te dando e deixar que cada um cuide do seu próprio inferno, sem deixar que ele te atinja?

Não é fácil, mas é um exercício que vale a pena aprender; não se trata propriamente de ser egoísta, mas de procurar exercer, tanto quanto possível, seu direito de ser feliz.

Procure, durante alguns momentos do dia, pensar em quanto sua vida seria boa, se não fosse a capacidade de A, B ou C perturbarem sua cabeça. Imagine que eles estão num lugar bem longe, felizes, que tem sabido de ótimas notícias deles, mas raramente; ah, como seria bom.

E pense também na obrigação que você tem com você mesma de viver tão bem quanto possível. É claro que existem momentos difíceis dos quais ninguém escapa, mas de outro tipo, não os que nos são trazidos pelos outros.

E não é impossível aprender a se desligar dos que te fazem mal, de só estar perto de quem te faz bem e lembrar, tantas vezes quanto possível, das coisas boas que a vida está te dando. E assim tentar ser mais feliz.

Danuza Leão