quinta-feira, 23 de setembro de 2010

TRAIÇÃO.....


Existem dois tipos de traição: A que você comete contra alguém e a que você comete contra si mesmo.
Risa Kings
A dor de uma traição é sempre difícil de ser superada. Aquele aperto no peito insuportável parece que nunca vai passar. Inúmeras são as pessoas que já passaram pela experiência de serem traídas. Embora existam diversos tipos de traição – entre amigos, na família ou no amor –, a da pessoa amada, segundo relatos, é a mais difícil de ser superada.Independe se forem casados, noivos ou simples namorados, a dor da traição nunca será superada por completo. Existira sempre uma pontinha de duvida quanto à conduta do parceiro. Tudo parecerá reincidência.Porém existem casos que o Amor é tão superior a esse fato que a pessoa traída tenta se colocar no lugar do traidor, querendo encontrar desculpas para o fato. Até se culpa pela sua própria negligência que deu origem ao ato.Existe uma velha Sabedoria que diz: O Amor supera tudo, perdoa tudo e até compreende o incompreensível, contrariando a lógica e a normalidade.A palavra traição quase sempre causa mal estar. Quem gosta de ser traído? A sexta-feira santa nos arremete para a traição de Judas.Embora haja muitos tipos de traição, amigos, parentes, colegas, em todos os casos sempre causam muito sofrimento aos envolvidos, em especial, à pessoa traída. Muitas considerações podem ser feitas sobre as várias formas de traição e suas motivações.Muita gente diz que traição é a satisfação de um desejo fútil e súbito de alimentar o ego. O ser humano adora conquistar, mesmo estando bem na relação. Olhar, paquerar é gostoso, faz bem e massageia o ego. Depois vira a página, sem problemas, sem culpa.Manter um relacionamento, nos dias de hoje, em que as pessoas estão cada vez mais voltadas para si e esquecem o verdadeiro significado da palavra casal, não é para qualquer um. Sinceridade, amizade, carinho, diálogo e atenção são algumas formas de manter a chama acesa. Poderá não ser imortal, mas que seja, pelo menos, infinito enquanto dure.
E como afirma Marlene Heuser,Existe uma utopia, um ideal dos casais em relação a esse assunto, que só entendem o lado sexual. Mas, fidelidade é muito mais do que isso. Ela está na sinceridade do contato, do compromisso diante da vida, na preocupação diária com o parceiro. Quando optamos por uma relação séria e duradoura, a amizade deve estar sempre presente. Namorar significa construir uma relação. Quando alguém tem necessidade de sair com outra pessoa é porque algo não vai bem no relacionamento. O problema está na construção dos relacionamentos, onde não se fala tudo, não se é verdadeiro no sentido mais amplo da palavra. As pessoas se acomodam com as coisas práticas da vida, a casa, as contas, a rotina... Quebrar tudo dá trabalho e trair é mais fácil. A honestidade é essencial e está acima da fidelidade, que é uma conseqüência.Como afirma Aida Veiga,Traição é o último dos tabus a ser derrubado pela sociedade. Até meados do século passado, não se falava abertamente sobre o assunto. Em todas as religiões a infidelidade é considerada pecado. Em alguns países muçulmanos, a mulher pode ser apedrejada até a morte se trair o marido. Na monarquia inglesa, leis antigas e ainda não revogadas dizem que a mulher infiel também pode, por lei, ser executada se estiver na linha de sucessão ao trono. Apesar de ter tido amantes em resposta às aventuras do príncipe Charles, a princesa Diana, em tese, foi uma candidata a tal punição. 'A monogamia é tão valorizada que se criaram teses biológicas para justificá-la', afirma o professor Ailton Amélio da Silva. Muitos cientistas argumentam que a monogamia tem um fundo biológico porque alguns animais, como a arara-azul e o pombo, são monogâmicos. Por meio de testes de DNA, no entanto, descobriu-se recentemente que o pai de um terço dos filhotes desses animais é o vizinho. 'Nossa cultura prega a fidelidade porque, dentro da evolução humana, acredita-se que os filhos têm mais chances de sobreviver se forem cuidados por duas pessoas', diz a psicóloga Maria Helena Gherpelli, do Instituto Kaplan de Sexualidade.São muito abundantes às referências à traição presente na amizade. Há muitas afirmações denunciando os falsos amigos:Sustento como um fato que se todos os homens soubessem o que os outros dizem deles, não haveria mais do que quatro amigos no mundo. PascalMas será que a amizade é assim tão traiçoeira e a realidade tão negativa quanto a retratada por Pascal?As traições e os falsos amigos existem, obviamente. Não é isso que está em causa. Mas temos que reconhecer igualmente que há muitas razões que podem acabar ou diminuir uma amizade, sem que nisso haja propriamente traição. Nem sempre as palavras de S. Jerónimo a propósito do fim da amizade - «A amizade que pode cessar nunca foi substancial» – são verdadeirasMudamos. As nossas ideias, os nossos gostos, os nossos interesses mudam. E isso pode também levar a que hajam amizades que se percam. As palavras de Pascal, sobre o amor, e o seu fim, também se podem aplicar à amizade:Ele não ama mais a pessoa que amou há dez anos atrás. Acredito piamente nisso. Ela não é a mesma, e tão pouco ele o é. Ele era jovem, e ela também. (…) Talvez ele ainda a pudesse amar, se ela fosse como antes.Por outro lado, há também a incompatibilidade entre os nossos espaços familiares e a amizade. Quando os primeiros crescem, a amizade, ou certas amizades, podem ser profundamente atingidas. É, no fim de contas, o que diz Aristóteles a propósito da amizade e da multiplicação da mesma:Aquele que é amigo de toda a gente, não é amigo de ninguém.É uma fatalidade. Não podemos multiplicar as nossas amizades. Nem podemos multiplicar os nossos amores. O tempo de que dispomos é escasso para alimentar muitas amizades e amores. O que dedicamos a uns, falta aos outros, inviabiliza-os.É frequente na vida adulta: o número de amigos e as amizades crescem quando o amor à escala da família falha ou está em crise, ou vice-versa. Ou seja: não são as nossas fraquezas ou o nosso lado mau e obscuro a liquidar as nossas amizades. É a Vida, é a família.Como afirma Henrique Morgante,Essa palavra possui uma tão pesada carga de dor e sofrimento que, para muitos, a simples menção da mesma já evoca toda uma legião de traumas – como de se aproximar e cofiar em outros novamente, de ódios – tanto pela pessoa que traiu como por si mesmo, às vezes, quando a pessoa se sente de alguma forma culpada pelo evento também – e medos, especialmente o de ser novamente traído e uma desconfiança quase paranóica de todos.Claro que isso é do ponto de vista dos traídos. Olhando pelo paradigma dos traidores, podemos ver outra configuração de sentimentos ligados à palavra: para os que ocultam sua traição – por decisão consciente ou falta de coragem para confessar – há o medo de serem descobertos e a traição ser revelada, e ai as conseqüências virem ainda piores, pois o ato de ocultar maximizou ainda mais os efeitos da traição em si. E esses que ocultam suportam, muitas vezes também, uma sensação de culpa, de estarem em divida e a consciência pesada, e alguns tentam até mesmo compensar regularmente seu pecado oculto fazendo inúmeras concessões – que normalmente não faria – à pessoa traída.E infelizmente, ainda há o outro lado, o pior. É o caso dos traidores que se orgulham disso, praticamente. Sentem euforia enquanto traem e posteriormente também, quando relembram. Orgulham-se de como sabem disfarçar, iludir bem (às vezes iludindo ambos os lados), e fato de terem sido capazes de conquistar várias pessoas, encaram isso como uma massagem gigantesca no ego.
Nunca devemos trair, nem para testar o nosso Ego ou capacidade de sedução. Pois perder a confiança do Amor da sua vida, é perder a capacidade de ser uma pessoa respeitável e admirada. É como se o ídolo de cristal se quebrasse e apenas sobrar um “querer” superável da parte afetada.Quando consegue perdão ou compreensão, o futuro trará normalmente o desgaste do relacionamento e dará oportunidade para novas emoções.Quando se fala a verdade, se usa de franqueza ou de sinceridade, quanto a traição, fica um pouco mais ameno tipo “meã culpa”, mas não fará com que a dor seja menor, mais facilmente suportada ou digerida, pois sabemos muito bem que: “dor será sempre dor”!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A paixão é a maquiagem dos defeitos da alma.