terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sopre as cinzas...só por sacanagem!


Quem feriu você já feriu e já passou. Lá na frente encontrará o inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também.
A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, nem jamais fique sabendo.
O que importa de verdade é o que você sentiu e, mais importante, é o que ainda você sente:
Mágoa?

Rancor?
Ressentimento?

Ódio?
Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você?
Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.
Quem nos faz o mal é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.
Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.
O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?


Mágoa

- Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena? Pela sua própria saúde, jogue-a fora.

Rancor

- Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará.

Ressentimento

- Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando agüentar. Até quando você acha que eles vão resistir?

Ódio


- Seus efeitos são paralisantes. Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio.

Por seu próprio Bem e pelo seu Bem, perdoe.
O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz. Esqueça o mal que lhe foi feito. Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das conseqüências com que, certamente, virá a arcar.
Mude seu destino ... seja o comandante da sua nau!
Escolha o melhor caminho para sua "viagem"
E se outras vezes o ferirem, perdoe ...
Perdoe ... Como Cristo perdou os que o crucificaram.

"A vida é curta... quebre regras... perdoe rapidamente... beije demoradamente, ame verdadeiramente... ria incontrolavelmente e nunca deixede sorrir, por mais estranho que seja o motivo. Talvez a vida não seja a festa que esperamos mas enquanto estiver aqui, divirta-se"
Feliz Ciclo Novo...
RECICLE-SE!!!

CARDÁPIO DA ALMA...



Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do corpo. Mas como anda a dieta da alma?Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de casa. Sair à caça. Perseguir.Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a beira da praia, o litoral é bonito nesta época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.
Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que lhe cacem também.Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regras, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir, sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um turista. Abra portas. E páginas.Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, torna-se repetitiva, monótona, entediante. Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos dias é tão intenso que às vezes a gente esquece de se alimentar direito.
Marta Medeiros.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Flores do deserto....


Não vale a pena esconder a dor
Manter adormecido o que já passou
Sentindo as cicatrizes ao redor
Marcas no inconsciente, insatisfação
Olhando os objetos no lugar
Eu tenho a impressão de que nada mudou
Sombras e eternas ilusões
Me vejo entre momentos de alucinações
Vejo flores no deserto
Homens buscando o certo
Labirintos, fontes do pecado
Mapas que me levam ao passado
Reações impensadas
Mentes alienadas
Sentimentos presos sem saída
Momentos de eternas despedidas
Me disperso ao entardecer
Falo palavras que eu queria esquecer
Me perco entre tantas invenções
A vida se refaz por entre frustrações
Encontro o templo para o despertar
Paredes que me levam pra algum lugar .....

APRENDA A GOSTAR DE VOCÊ!!! Mario Quintana


Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando…
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas uma coisa parece estar sempre presente: a busca pela felicidade com o amor da sua vida.
Desde pequeno ficamos nos perguntando “quando será que vai chegar?” e a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida “será que é ele?”.

Como diz o meu pai: “nessa idade tudo é definitivo”, pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente… PLAFT!
Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito “do próximo”.
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.

Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que te deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua vó, que jogue “imagem e ação” e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice- versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta… e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da idade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira.

Sem falar na diversidade que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som… olhar para o teto, cantar bem alta aquela música que você adora.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Orção das Mulheres resolvidas.....(muito boaaaa!) rs


Oração das mulheres resolvidas:

Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto, que a fonte nunca seque, e que a nossa sogra nunca se chame Esperança, porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos, e que nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas!
Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios se tiver tempo...
Deus... Eu vos peço sabedoria para entender o meu homem, amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos, porque Deus, se eu pedir força, eu bato nele até matá-lo.
Um brinde... Aos que temos,aos que tivemos e aos que teremos.
Um brinde também aos namorados que nos conquistaram, aos trouxas que nos perderam e os sortudos que ainda vão nos conhecer!
Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!
Amém.

AMORES APERTADOS....

Sabe aqueles banheiros mínimos, que quando um entra o outro tem que sair? Tem amores que parecem um banheiro apertado: só cabe um.
Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele.
Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado mas não retribui.Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angústias dela, por nada que lhe diga respeito.
Ela, obviamente, não gosta desta situação, mas vai levando, levando, levando, até que um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.
De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem a sua menina.Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos.
Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo.
Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele.
Ela é gata escaldada mas não é de gelo: então tá, vamos tentar de novo.
Ela entra com tudo.Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha.É ela quem o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela que lembra das datas, é ela, tudo ela, só ela.
Quer saber: tô fora!Aí ele entra.
Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho.E não é que ele cumpre?
Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem.
Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo.
Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço.
Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando.
Até que ele enche: tô fora.
Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem neste entra-e-sai até o desgaste total.
Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos.

Martha Medeiros

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem!
Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida. S
onhar é melhor do que nada!
( Luís Fernando Veríssimo) *

Onde é que eu estava com a cabeça?????

Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?
Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor, era uma sorte.
Não era amor, era uma travessura.
Não era amor, eram dois travesseiros.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde.
Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.

sábado, 17 de janeiro de 2009


Fernando Pessoa......


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo :
"Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009


ONDE MENOS TE ENCONTRO É ONDE TU EXISTISTE!!!

"Voltarei a escrever-te? Para voltares a existir no que escrevo de ti.
Demora-te hoje ao menos ainda um momento. Para olharmos a neve na montanha, os campos desertos, ouvirmos em nós o silêncio do mundo. (...)
Há o meu desejo de te fixar na palavra escrita que te diz, para ficares aí com o milagre que puder. (...)
Querido........ De vez em quando volto a perguntar-te porque te escrevo.
Sei naturalmente que é para estar contigo. (...)
De todo o modo, como foi bom ter estado contigo nesta forma de não estares. (...)
Porque curiosamente, onde menos te encontro é onde tu exististe.
Desprendeste-te donde estiveste e é em mim que mais me acontece tu estares.
Mas nem sempre.
Quantos dias se passam sem tu apareceres.
E às vezes penso é bom que assim seja para eu aprender a estar só.
Mas de outras vezes rompes-me pela vida dentro e eu quase sufoco da tua presença.
Ouço-te dizer o meu nome e eu corro ao teu encontro e digo-te vai-te, vai-te embora. Por favor. E eu sinto-me logo tão infeliz. E digo-te não vás. Fica. Para sempre.
Há em mim uma luta entre o desejo de que te esqueça e o de endoidecer contigo."

Vergílio Ferreira

Amor por Luiz Fernando Verissimo

Ela: Você me ama mais do que tudo?
Ele: Amo.
Ela: Paixão, paixão?
Ele: Paixão, paixão mesmo.
Ela: Mais do que tudo no mundo todo?
Ele: No mundo todo e fora dele.
Ela: Não acredito.
Ele: Faz um teste.
Ela: Eu ou fios de ovos.
Ele: Você, fácil.
Ela: Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo.
Ele: Prefiro você.
Ela: Futebol.
Ele: Não tem comparação.
Ela: Você esta caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita “Devolve tio!” e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição.
Ele: Prefiro você.
Ela: Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo, passagem e entrada de graça.
Ele: Você vai junto?
Ela: Não.
Ele: Pela televisão se vê melhor.
Ela: Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma musica no rádio e é uma nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock sem dublagem para aquela noite… e o Itamar está dando certo.
Ele: Você.
Ela: Voltar a infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e sentir a lama fazer squish entre os dedos.
Ele: Você, longe.
Ela: A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu.
Ele: Que dúvida. Você.
Ela: Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir Blanc. Pastel de rodoviária.
Ele: Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você, respectivamente.
Ela: A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de mim ela já vem sem calcinha.
Ele: Desligo o telefone.
Ela: Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de credito que nunca expira.
Ele: Prefiro você.
Ela: Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo “Vem”.
Ele: Hummm…
Ela: Como, hummm? Ela ou eu?…. Silêncio de 5 segundos …
Ele: Qual é a marca?

Ela: Seu cretino!

Crônica - por Luis Fernando Veríssimo


Se 2009 vai ser um ano tão ruim, por que não evitá-lo? Se uma nação pode adotar ou não adotar o horário de verão, por exemplo, adiantando ou atrasando seus relógios de acordo com sua conveniência, por que não pode adiantar ou atrasar o calendário? Por que essa subserviência cega a uma simples convenção internacional? Onde fica a nossa soberania? Se nos recusássemos a passar para 2009 e repetíssemos 2008 as vantagens seriam muitas. Poderíamos corrigir ou evitar os erros que cometemos. Desfazer o malfeito, refazer o que deu errado e só entrar em 2009 quando estivéssemos realmente prontos, talvez daqui a uns dois anos. E outra coisa: o Vasco da Gama teria uma segunda chance.

HORRORÓSCOPO

Que 2009 vai ser ruim ninguém duvida. As previsões astrológicas para o ano são... Bem, veja você mesmo. O planeta dominante do período será Mercúrio, o menor do sistema solar e o de órbita mais excêntrica. O equivalente cósmico ao baixinho chato. De acordo com a influência de Mercúrio nas doze casas do Zodíaco, esse será seu horóscopo em 2009:
AQUÁRIO - Os nascidos nesse signo desejarão que isso nunca tivesse acontecido.
PEIXES - Evite tudo. Não abra a porta ou atenda o telefone. Fique em casa e aguarde instruções.
ÁRIES - Seu regente é Marte, que também rege a cabeça do Meireles. Quanto melhor você se sentir, mais alta estará a taxa de juro e maiores serão as dificuldades do comércio e da indústria. Você terá períodos alternados de euforia e culpa e dará para cantar compulsivamente no chuveiro, qualquer chuveiro, inclusive invadindo o banheiro de amigos e desconhecidos para testar a acústica.
TOURO - Melhor nem saber. Só um aviso: ande sempre de costas, por precaução.
GÊMEOS - Você ficará preso num elevador com o Gilmar Mendes, o Dado Dolabella e um grupo de pagode por dezessete horas.
CÂNCER - Uma tia-avó lhe deixará uma grande herança, mas você nunca ficará sabendo. Seus cabelos cairão todos ao mesmo tempo, e dentro da sopa.
LEÃO - Você será glosado pelo Imposto de Renda, que, não contente com isso, pichará paredes com insinuações a seu respeito e telefonará no meio da noite para dizer piadas.
VIRGEM - O período será bom para mudanças. Mude de nome, de estado civil, de profissão, de sexo e emigre.
LIBRA - Coitado...
ESCORPIÃO - Você acordará certa manhã e descobrirá que se transformou na Ângela Merkel.
SAGITÁRIO - Corra!
CAPRICÓRNIO - Seu símbolo é o bode. É preciso dizer mais?

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

"Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. "
Trechos..Martha Medeiros

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009


rsrs...siga mesmo!!!!

DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ !!!

1.Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.
2.Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.
3.Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.
4.Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.
5.Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.
6.Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.
7.Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.
8.Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro.
9.Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.
10.Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.
11.Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12.E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens

Ela Queria Casar...

Ela queria casar
Ainda que estranhassem os que a conheciam
Pelo carro do ano, o apartamento arrumado,
a janela do quarto de frente pro mar
O trabalho invejado, a roupa perfeita, o olhar
Ela queria casar

Ainda que falassem todos os que a queriam
Que isso não é mais assim
Mulher hoje não precisa de ninguém
Ela queria casar

Casar e casar somente
Nem o MBA, todos os livros na cabeceira,
os discos de jazz, nem mesmo os projetos
podiam fazê-la esquecer que
só queria uma coisa: casar
Mas, com quem? Não encontrou

Achará
Só sabia o nome do feitor do vestido,

a música que tocará, quantos doces e cores a mesa terá
Ela queria casar
E querendo, casou

Um coadjuvante achou,
Aceitando em cima do bolo ficar
Casar porque este é meu sonho
E de sonho a festa vou ter
Ela queria casar

E casou
Na lua-de-mel viajou, um álbum de fotos tem pra mostrar
Ela queria casar

E voltou para o apartamento, pro quarto de frente pro mar
Ela queria casar

E fim esqueceu que é preciso levar a vida até o sonho acabar
E acabou tão logo que não houve lágrima que pudesse chorar
O divórcio saiu num instante

Ficaram o emprego, janela e o mar
Ela só queria casar...

Esperança....


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem - ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mario quintana

terça-feira, 6 de janeiro de 2009



"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."
Martha Medeiros

O ANO NOVO...

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.
É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.
Claro que a vida prega peças.
O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais
(Perdemos pessoas que amamos)...
Mas, pensa só:
Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Eu quero viver bem... e você?
Esse foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas, perdas, reencontros.
Normal...
Às vezes, se espera demais.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou.
Normal... o próximo não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí?
Fazer o quê?
Acabar com o seu dia?
Com seu bom humor?
Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria.
E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.
O nosso desejo não se realizou?
Beleza...
Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento...
Me lembro sempre de uma frase que adoro:
("cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade")
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano...
Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial!
Este ano pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente.
Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
Esse Ano Novo pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!
Depende de mim e de você!!
Arnaldo Jabor
Acabei com tudo
escapei com vida
tive as roupas e os sonhos rasgados
na minha saída.
Mas saí ferido
sufocando o meu gemido
Fui o alvo perfeito
muitas vezes no peito atingido.
Animal arisco, domesticado esquece o risco
me deixar enganar e até me levar por você.
Eu sei, quanta tristeza eu tive
mas mesmo assim se vive morrendo
aos poucos por amor
Eu sei, que o coração perdoa
mas não esquece à toa
e eu não esqueci
Não vou mudar
esse caso não tem solução
Sou fera ferida, no corpo e na alma
E no coração.

Eu queroooo.....


Eu quero um amor sem ajustes.
Que sirva direitinho, sem sobrar nem faltar espaço.
Que fique justo no corpo, com encaixe perfeito.
Que me faça sentir linda só por tê-lo.
Quero um amor delicado.
Quase infantil.
De passear de mãos dadas.
De borboletas no estômago.
Quero um amor cuidadoso.
Que pegue no colo.
Que saiba dar colo.
E pedir.
Quero um amor com sorrisos.
De admiração e orgulho.
De divertimento.
Quero um amor desengonçado.
Atrapalhado.
Bobo.
Do tipo que dá vontade de apertar as bochechas.
Quero um amor com aconchego.
Que me ofereça o ombro, o abraço.
E dê beijos sem que eu precise pedir.
Quero um amor tagarela.
Que saiba conversar.
Que encha de elogios espontâneos.
Que diga o que sente.
Quero um amor com romance.
Não precisa ser meloso.
Mas deve ter rompantes de mimosura de tempos em tempos.
Quero um amor sincero.
Que tente resolver as coisas.
Que não fuja.
Ou que fuja, mas dê aviso prévio.
Quero um amor companheiro.
Que vá comigo a Paris.
Ao mercado.
E a todos os programas de índio.
Quero um amor amigo.
Que me entenda.
Me desvende.
Me desfrute.
Que aproveite a minha companhia.
E adore.
Quero um amor simples.
Honesto.
E digno.

“Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado,
e dance como se ninguém estivesse te observando.”
“O maior risco da vida é não fazer NADA.”
martha medeiros


O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.

Diferença de necessidades.........Perfeito!!!!!!!!!!!!!!!!!!


“Procedíamos de galáxias diferentes, como dois cometas que se cruzam efemeramente no espaço. Ele vinha da infância e nunca tivera uma parceira estável, queria me viver até me esgotar, queria que montássemos juntos uma casa, que sonhássemos um futuro, que nos enchêssemos de compromissos de eternidade até as orelhas. Eu, provinha da fatigante travessia da idade madura, sabia que a eternidade sempre se acaba, e tanto mais cedo quanto mais eterna. E assim fui avarenta, me neguei a ele, afastei-o de mim. Quanto mais ele me exigia, mais me sentia asfixiada; e, quanto mais me regateava, mais ansiosamente ele queria me segurar. Dito isso, se ele se retirava, eu avançava, e então o perseguia e o exigia: porque o amor é um jogo perverso de vasos comunicantes.”
Gastei bom pedaço da coluna transcrevendo esse parágrafo do excelente livro “A filha do canibal”, da espanhola Rosa Montero, pois eu não saberia descrever melhor a razão de tantos desencontros amorosos. O relato refere-se a um homem e uma mulher com alguma diferença de idade – ela é a mais velha, lógico, como tem se tornado comum hoje em dia. Muitas pessoas duvidam que uma relação assim possa dar certo. Claro que pode. Tudo pode dar certo e tudo pode dar errado, e a idade nada tem a ver com isso, é apenas um detalhe na certidão de nascimento.
O que transforma nossa vida amorosa num melodrama é a diferença de necessidades. Aí não há casal que encontre seu ponto de apoio, seu eixo e seu futuro.Um quer compromisso sério: para o outro, amar já é sério o suficiente. Um quer filhos, o outro nem em sonhos. Um quer uma casinha no meio do mato, o outro é curioso, precisa de informação, cinema, teatro, gente. Um valoriza a transa antes de tudo, o outro acha que conversar é importante também. Ao menos, os dois gostam de dançar. Um quer se sentir o centro do universo, o outro quer incluí-lo no seu amplo universo. Um quer fugir da solidão, o outro aceita a solidão. Um não quer falar de suas dores, o outro pergunta demais. Um briga por amor, o outro silencia
Os dois se amam, isso não se discute.Um não precisa conhecer o mundo, o outro traz o mundo em si. Um é romântico para disfarçar a brutalidade, o outro é doce para despistar a secura. Um quer muito de tudo, o outro se contenta com o mínimo essencial. Nenhum dos dois liga pra dinheiro, mas o dinheiro quase sempre está no bolso de quem viveu mais. Um fica inseguro, o outro diz que nada disso importa, mas claro que importa.Um quer que lhe dêem atenção 25 horas, o outro precisa que o esqueçam por uns instantes. Um quer aproveitar cada réstia de sol, o outro gostaria de dormir um pouco mais. Um gostaria de saber o que não sabe, o outro queria desaprender metade do que a vida lhe ensinou. Um precisa berrar, o outro chora.Um quer ir embora e, ao mesmo tempo, não. O outro quer liberdade, mas a dois.Então um se vai e deita em todas as camas, sofrendo. E o outro mergulha sozinho na dor, sobrevivendo.Diferença de idade não existe. A necessidade secreta de cada um é que destrói ilusões e constrói o que está por vir.

domingo, 4 de janeiro de 2009


Sou simples entre os complicados, complexo entre os acomodados.
Rio quando a resposta séria seria, fecho-me quando a resposta seria aberta.
Meu sorriso é sóbrio, quando a resposta é ébria.
Conto com os outros, mas não os somo para mim.
Choro de dentro para fora, escondendo entre um soluço e um riso a desculpa que apareceria em lágrimas.
Falo quando preciso, ofendo quando devo e guardo para mim a tristeza de ver nos outros a apatia da moleza.
Quando tenho razão enriqueço-me, quando erro, padeço e peco por não me redimir.
Sou um livro aberto, mas sem páginas.
Sou franco quando digo as verdades, e sempre as digo em brincadeiras, como apunhalar sem dor.
Sofro quando meu trabalho não tem eco, e grito quando meu peito deserto de sensações e aventuras apenas permite a passagem do ar numa batida choca de mãos e dedos.
Não tenho medo de nada e isso é que me assusta.
Estou sempre em busca de algo misterioso e novo, e do velho aos avessos, faço pilhérias.
Detesto nas pessoas a miséria das idéias parcas e das atitudes vãs.
Gosto de coisas grandes e às vezes me perco nas pequenas.
Quando tenho idéias serenas e não as ponho em prática, descarrego o verbo e a gramática em cima dos que se omitem.
Sou romântico e não demonstro.
Sou lúcido quando deveria ser sonhador, e sonho em plena claridade do dia.
Quando uso minha inteligência ate´chega ser covardia o resultado que obtenho, mas quando percebo que ninguém me acompanha na minha luta, sou capaz de chamar todos de filhos sem labuta e desmorona os que morrem sentados na paciência.
Sou frio e calculista quando o fogo da discórdia ou mesmo da preguiça vem na figura hedionda de um funcionário ou amigo meu.
Gosto de ganhar sempre e o resultado máximo negativo que relutante admito, é o empate e mesmo quando me escapa no embate a vitória, despencar dos píncaros da glória, jamais!
E não deixo transparecer que perdi.
Tenho poucos amigos, e amigo não se diz.
Procuro ajudar os outros, mas não gosto de receber ajuda.
Pedir um favor, Deus nos acuda!¨, é a coisa que mais detesto.
Chega a ser um verdadeiro enigma.
Minha personalidade é forte e me considero ser capaz de fazer tudo, arrancando de dentro de mim uma força descomunal como se fosse obrigado a ser o que promete ou como se viver fosse um eterno paradigma.
Sou tão complicado que chega a ser anormal, e às vezes quando devia explodir minha raiva e minha ira em cima do mundo, simplesmente fico mudo e como se fosse implodir me afogo no silêncio e não digo nada.(o que mais me admira).

CONTRADIÇÕES DO AMOR...




Eu estava quieta, só ouvindo. Éramos eu e mais duas amigas numa mesa de restaurante e uma delas se queixando, pela trigésima vez, do seu namoro caótico, dizendo que não sabia por que ainda estava com aquele sequelado etc., etc. Estava planejando terminar com o cara de novo, e a gente sabia o quanto esta mulher sofria longe dele. Eu estava me divertindo diante desse relato mil vezes já escutado: adoro histórias de amor meio dramáticas. Foi então que a terceira componente da mesa, que é psicanalista, disse a frase definitiva:
-Eu, se fosse você, não terminava. Às vezes ficamos mais presas a um amor quando ele termina do que quando nos mantemos na relação.
Tacada de mestre.
A partir daí, começamos a debater essa inquestionável verdade: em determinadas relações, ficamos muito mais sufocadas pela ausência do homem que amamos do que pela presença dele. Creio que vale para ambos os sexos, aliás. Um namoro ou casamento pode ser questionado dia e noite. Será que tem futuro? Será que vou segurar a barra de conviver com alguém tão diferente de mim? Será que passaremos a vida assim, às turras? Óbvio que não há respostas para essas perguntas, elas são feitas pelo simples hábito de querer advinhar o dia de amanhã, mas a verdade é que, mesmo sem certificado de garantia, a relação prossegue, pois além de dúvidas, existe amor e desejo. E isso ameniza tudo. Os dois estão unidos nesse céu e inferno. Até que um dia, durante uma discussão, um dos dois se altera e termina tudo. Alforria? Nem sempre. Aí é que pode começar a escravidão.
Nossa amiga queixosa, a da relação ioiô, perdia o rumo cada vez que terminava com o namorado. Aí mesmo é que não pensava em outra coisa. Só nele. Não conseguia se desvencilhar, mesmo quando tentava. Todas as suas atitudes ficavam atreladas a esse homem: queria vingar-se dele, ou fugir dele, ou atazaná-lo - cada dia uma decisão, mas todas relacionadas a ele. Só quando reatavam (e sempre reatavam) é que ela descansava um pouco desse estresse emocional e se reconciliava com ela mesma.
Eu nunca havia analisado o assunto por esse ângulo. Sempre achei que a sensação de asfixia era derivada de uma união claustrofóbica e a sensação de liberdade só era conquistada com retorno à solteirice. Mas o amor, de fato, possui artimanhas complexas.
Minha amiga finalmente terminou sua relação tumultuada e hoje está vivendo um casamento mais maduro e sereno. Aquele nosso papo foi há alguns anos, mas nunca mais esqueci essa inversão de sentimentos que explica tanta angústia e tanta neura. Por que temos urgência de abandonar um amor pelo fato de ele não ser fácil? Quem garante que sem esse amor a vida não será infinitamente mais difícil? Às vezes é melhor uma rendição que nos garanta liberdade do que fugir de um amor que não foi vivido até o fim. Foi isso que nossa amiga psicanalista quis dizer durante o jantar: não antecipe o término do que ainda não acabou, espere a relação chegar até a rapa, e aí sim.
Martha Medeiros


Mas não se esqueça: Assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.
Martha Medeiros

MAIS UMA VEZ.....Renato Russo



Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança.
Dar não é fazer amor.
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
Experimente ser amado...

Luiz Fernando Veríssimo