quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Deixo-te Assim, sem me despedir.
Como quem caminha rumo à liberdade.
Sem se importar com a dor de caminhar sozinha.
Deixo-te,Porque nunca estive, exatamente, contigo.

E não quero prender-te mais.
Não queria ir-me.

Mas a natureza do homem é sempre essa,Fugir do que lhe causa estranheza.
Esconder-se de si mesmo.
Queria calar-te dentro de mim,E apagar essa luz que acendestes.

Mas sinto-te em todos os meus movimentos.
Em todas as minhas lembranças de felicidade.
Deixo-te,Não por vontade própria.

Mas pela covardia de não conseguir amar-te sozinha.
Pelo medo de ter-te assim, tão distante.
Pela mesma razão que ouso querer-te.
Fostes tu tão irresponsável,Não tivestes aparecido em minha vida,Agora não precisaria te deixar.

Simplesmente por não me ter feito conhecer-te.
E agora, deixo-te.

Com todo o peso na alma E uma vida a refazer.
Sem tua voz doce e teu sorriso aberto.
Sem lembrar que estavas lá, a qualquer momento.
Tua existência deixar-me-á com saudade,Mas a lembrança dos teus olhos não terá tão rápida despedida.
Adeus, se posso dizer-te.

Vou para a vida.
Se nos encontrarmos em nossas caminhadas,Se nos olharmos novamente,E percebermos que o tempo que passou não foi perdido,Então, volto a ti.
Se não, já serei outra mesmo, que importará?

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