domingo, 15 de junho de 2008

Somos, pela maneira de perceber o mundo, seres incompletos.
Vivemos buscando desesperadamente a nossa "metade".
Às vezes pensamos ter encontrado e o nosso primeiro desejo é ficar junto até que a morte separe. No início da relação com a nossa "outra metade", ali do lado, nos sentimos completos e felizes. Mas muitas vezes, ele resolve ir embora e lá estamos nós partidos, fragmentados.
Depois de alguns episódios de fracassos ficamos com a impressão de que algo está errado. Começamos, então, a procurar um relacionamento que não nos deixe tão perdidos ao acabar, porque descobrimos, já não tão surpresos, que sim...

Os relacionamentos acabam!
É quando percebemos como é difícil conseguir uma relação rica e criativa, inteira, sem dependência.
Aí vem a pergunta: o que os homens procuram nas mulheres e as mulheres procuram nos homens?

Quantas pessoas não se queixam que o casamento não deu certo, que o namoro não deu certo. Contam que, apesar de terem se dedicado tanto ao outro, de terem amado, cuidado e convivido, de repente a outra pessoa simplesmente deixou de amar.
E se queixam dizendo: "Ah, eu investi tanto nessa relação!"
É isso que fazemos.
Investimos nas relações.
Investimos como se fosse um negócio.
Agimos como quando colocamos o dinheiro na poupança e esperamos que os juros aumentem para que o investimento cresça!
Damos amor, fidelidade, sexo, companheirismo, cumplicidade e, quando o retorno não vem é o caos!

O investimento não teve retorno!
Ora, nos negócios existe o risco.
Pode dar certo ou não.
E quando não dá não adianta culpar o mercado ou o corretor.
Trata-se apenas de juntar o que sobrou e reinvestir novamente em outras condições ou sair à francesa, retirar-se do mercado por um tempo, para evitar maiores prejuízos!
O amor, entretanto, não é um mercado.

Amamos para amar ou para ser amados?
Para as duas coisas, você diria...
Mas, na verdade, a gente só pode se responsabilizar pelo nosso sentimento, nunca pelo do outro. Mas já que amamos e estamos sempre procurando um jeito de misturar a nossa vida com a de alguém, o que se diz nesse momento é: siga em frente e seja feliz.

Nunca um adeus dolorido vai ser pior do que um ficar por ficar!

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